Plantando e recolhendo pistas pela cidade
Objetivo da atividade:
Identificar carências e potenciais da cidade (plantando pistas) e elaborar sobre as interpretações e apropriações dos espaços (recolhendo e pesquisando as pistas)
Público alvo:
Indiferente
Etapas de desenvolvimento da atividade:
Etapa 1 - Decidir qual o caminho que será percorrido (um roteiro necessariamente circular, saindo da escola por uma direção, dando uma volta e retornando pela direção oposta) e quais os temas a serem "encontrados na cidade". No caso desta experiência, escolhemos identificar ACESSIBILIDADE (carência ou oferta), PRAÇA (espaços diversos do centro de BH que podiam ser considerados praça, buscando identificar o que a define para o habitante daquela cidade: vegetação? mobiliário? Apropriação por usos diversos? morfologia?) e PATRIMÔNIO (o que é considerado patrimônio para os estudantes?).
ETAPA 2 - Criar 20 ícones de papel color plus cor luminosa (amarelo, laranja ou verde) para cada um desses elementos. No caso, foram recortados ícones tamanho A4: triângulos para acessibilidade, árvores para praça e corações para patrimônio. Material necessário: 60 folhas de papel colorido de cor bem chamativa e dois rolos de fita crepe (fita banana).
ETAPA 3 - Divisão da turma em dois grupos. Cada grupo recebe cerca de 10 ícones de cada tipo e um rolo de fita adesiva. Cada grupo deve seguir por um dos lados do roteiro circular de forma que os grupos se encontrem em algum ponto no meio do caminho e continuem, de volta à escola, pelo caminho que outro grupo já percorreu. Na primeira parte do caminho, o grupo deve PLANTAR AS PISTAS onde identificar questões relacionadas à acessibilidade (rampas, faixas, buracos, estreitamentos, carros estacionados na calçada, piso tátil, etc.), à presença de "Praças" (pessoas descansando, presença de vegetação, bancos, comércio ambulante, etc) e "Patrimônio" (edificações históricas, obras de arte, conjuntos arbóreos e outros. Interessa notar o que é valorizado pelos estudantes. No caso, eles colaram o ícone em muros com grafites, feira livre, posto de saúde e outros pontos surpreendentes, o que pode ser usado para discutir sobre a memória e expectativas da comunidade).
ETAPA 4 - Depois que os grupos se cruzam, no meio do percurso, o professor ou monitor recolhe as pistas que não foram plantadas pelo grupo, anotando quantas de cada tipo foram plantadas. Cada grupo deve passar, então, a tentar LOCALIZAR AS PISTAS plantadas pelo outro grupo. Deve retirar o ícone plantado (lembrando que não se deve deixar resíduos pelo espaço público) e anotar nele o motivo pelo qual acredita que os componentes do outro grupo o colaram ali, entregando a pista encontrada para o professor ou monitor.
ETAPA 5 - De volta à escola, o professor faz uma tabela de pontuação no quadro e pergunta a cada grupo porque plantou a pista em tal local, conferindo se a dedução do grupo que retirou a pista estava correta. Para cada pista encontrada e justificada corretamente o grupo ganha 2 pontos. Para cada pista não encontrada, o grupo perde 1 ponto.
Diante das polêmicas criadas pelas justificativas, o professor aproveita para conversar com os estudantes sobre os temas. Quais as dificuldades enfrentadas pelos habitantes da cidade com dificuldades de locomoção? O que caracteriza uma praça? Quem decide o que é patrimônio? Etc
Esta atividade pode ser adaptada para o mundo virtual? Se sim, como?
Esta atividade aborda questões de patrimônio cultural arquitetônico e urbano? Se não,
pode ser adaptado? Em ambos os casos, como?
Sim. A atividade foi criada para abordar justamente essas questões.
Referência bibliográfica completa
Atividade desenvolvida na oficina "Educação Patrimonial" no ARQUISUR 2019/Belo Horizonte (Congresso da Associação das Escolas e Faculdades de Arquitetura Públicas da América do Sul). Projeto de extensão "Educação Patrimonial - um olhar sobre a arquitetura e o espaço urbano"
A atividade provavelmente pode ser adaptada ao mundo virtual com utilização da plataforma google Street View, utilizando-se pins virtuais.